A
separação entre cultura popular e erudita, com a atribuição de maior valor à
segunda, está relacionada à divisão da sociedade em classes, ou seja, é
resultado e manifestação das diferenças sociais. Há, de acordo com essa
classificação, uma cultura identificada com os segmentos populares e outra,
superior com as elites.
A
cultura erudita abrangeria expressões artísticas como a música clássica de
padrão europeu, as artes plásticas – escultura e pintura-, o teatro e a
literatura de cunho universal. Esses
produtos culturais, como qualquer mercadoria, podem ser comprados e, em alguns
casos, até deixados de herança como bens físicos.
A
chamada cultura popular encontra expressões nos mitos e contos, danças, música
de sertaneja a cabocla, artesanato rústico de cerâmica ou de madeira e pintura;
corresponde, enfim, à manifestação genuína de um povo. Mas não se restringe ao
que é tradicionalmente produzido no meio rural. Incluir também expressões
urbanas recentes, como os Grafites, o hip-hop e os sincretismos musicais
oriundos do interior ou das grandes cidades, o que demonstra haver constante
criação e recriação no universo cultural de base popular.
A
cultura de massa é uma cultura fabricada pela ideologia que tenta se apresentar
como sendo a própria cultura. A cultura de massa é um sistema de pensamento
muito fácil de desmascarar já que tem
por característica primeira “o ser limitado”. Já que a construção da cultura
popular se dá pela experiência histórica de um povo, que mediante sua própria
história constrói sua identidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário